Após vencer mais uma eleição presidencial na Rússia, Vladimir Putin agradeceu aos eleitores e reforçou o compromisso do país em não se curvar a intimidações externas. Com uma margem expressiva de cerca de 88% dos votos, Putin garantiu seu mandato por mais cinco anos, até 2030.
Em seu discurso da vitória, Putin destacou que a Rússia sempre resistiu a tentativas de intimidação ao longo de sua história e que isso não mudará. Ele lamentou a morte de Alexei Navalny, seu principal opositor, chamando-a de “um acontecimento triste”, e comparou o incidente com outras mortes em prisões, inclusive nos Estados Unidos.
Putin também mencionou planos anteriores de uma troca de prisioneiros envolvendo Navalny, sugerindo que concordou com a ideia de não permitir que ele retornasse ao país. Os únicos concorrentes nas eleições foram previamente aprovados por Putin por serem considerados “amigáveis” ao Kremlin.
Entretanto, a eleição ocorreu em meio a críticas de repressão aos opositores. Além da morte de Navalny, outros candidatos viram suas candidaturas proibidas por supostas irregularidades processuais, evidenciando um cenário de limitação da participação política contrária ao governo.
Diante desse contexto, a viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, emergiu como uma voz proeminente da oposição, apelando aos russos para que votem em qualquer candidato que não seja Putin ou até mesmo escrevam o nome de Navalny nas cédulas, demonstrando assim uma resistência simbólica às restrições impostas pelo governo.
Com Putin garantindo mais um mandato, a Rússia enfrenta desafios significativos não apenas em sua política interna, mas também em suas relações com a comunidade internacional.