O desenrolar do caso Marielle Franco, que chocou o país, toma novos rumos com uma decisão contundente. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou o afastamento do ex-chefe da divisão de homicídios do Rio de Janeiro, Giniton Lages, e do policial Marco Antonio de Barros Pinto de suas funções na Polícia Civil. Essas figuras foram cruciais nas investigações iniciais sobre o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco.
Giniton Lages, que liderou as investigações na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) no início do caso Marielle, encontra-se entre os alvos de mandados de busca e apreensão executados numa operação conduzida pela Polícia Federal, em colaboração com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro, neste domingo, 24.
A operação resultou na prisão de três suspeitos de serem os mandantes do assassinato, incluindo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), apontado como o principal instigador do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), irmão de Domingos Brazão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. Além disso, foram emitidos 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.
Essa reviravolta intensifica a complexidade do caso Marielle Franco, adicionando uma nova camada de intriga e incerteza ao desdobramento de um dos crimes mais emblemáticos do Brasil.