Um grito de alerta ecoa nas redes sociais, liderado por Wallace Lopes, engenheiro florestal e Agente Ambiental Federal do Ibama. O perigo? O iminente desaparecimento dos fervedouros, jóias naturais situadas no coração do Jalapão, no Tocantins, sob a sombra de um projeto de lei controverso.
Desafio nas Profundezas: O Risco aos Fervedouros
Os fervedouros, conhecidos por suas águas cristalinas e poder de flutuação, correm risco eminente. Um projeto de lei aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados abre as portas para o desmatamento de vegetações nativas não florestais em diversos biomas do Brasil.
Ameaças às Pérolas Subterrâneas
Estes mananciais únicos, alimentados pela pressão das águas subterrâneas, estão sob ameaça direta. A voracidade do agronegócio sobre o Cerrado, em especial nas áreas de recarga do aquífero Urucuia, compromete não apenas os fervedouros, mas também a própria vitalidade do rio São Francisco.
Consequências para o meio ambiente:
- Desaparecimento dos fervedouros do Jalapão
- Redução da vazão do rio São Francisco
- Degradação do bioma Cerrado
- Perda de biodiversidade
- Aumento das emissões de gases do efeito estufa
Impacto Ampliado: Um Código em Crise
O projeto de lei propõe alterações no Código Florestal, classificando áreas como campos gerais e nativos como zonas de exploração rural consolidadas. Tal medida, além de comprometer cerca de 48 milhões de hectares de campos nativos, ameaça diretamente ecossistemas vitais como o Pantanal, os Pampas, o Cerrado e parte da Amazônia.
Apelos e Resistência
Wallace Lopes, juntamente com entidades ambientais como o Instituto Socioambiental (ISA) e SOS Mata Atlântica, conclama a sociedade à resistência contra o Projeto de Lei 364/2019. No entanto, defensores do PL, como Lucas Redecker (PSDB-RS) e Maurício Marcon (Podemos-RS), argumentam que a medida visa equilibrar interesses econômicos e ambientais.