Após o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, revelar em seu depoimento à Polícia Federal (PF) que Bolsonaro discutiu três hipóteses para evitar a posse de Lula em 2022, o presidente quebrou o silêncio e abordou o assunto. Segundo Gomes, foram debatidas a implementação do Estado de Defesa, Estado de Sítio e a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Em resposta às acusações, Bolsonaro enfatizou que discutir questões previstas na Constituição Federal não constitui crime. Ele esclareceu que nenhuma das medidas mencionadas foi levada adiante e destacou os procedimentos necessários para a implementação de cada uma delas.
“Não é crime falar sobre o que está previsto na Constituição Federal. Você pode discutir e debater tudo o que está na Constituição Federal. O que falam em delação, em depoimentos, é problema de quem falou”, afirmou Bolsonaro, classificando as alegações como uma “narrativa idiota”.
Bolsonaro também detalhou os processos formais requeridos para a execução das medidas mencionadas, como a convocação do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional para o Estado de Defesa e Estado de Sítio, bem como a ordem presidencial para a GLO.
Além disso, o presidente se pronunciou sobre as declarações do ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior, que afirmou que Gomes ameaçou prender Bolsonaro caso ele atentasse contra o regime democrático.
Bolsonaro ressaltou que só comentará o depoimento de Baptista Júnior após ter acesso à íntegra do relato.