Palmas Consolida-se como Capital da Capoeira com Projetos e Audiência Pública Histórica
Município busca recursos para políticas públicas que promovam educação, estrutura e valorização da cultura afro-brasileira por meio da capoeira
Em um marco para a cultura e o esporte, Palmas reuniu cerca de 200 capoeiristas na I Audiência Pública para o Fortalecimento da Capoeira na Capital, realizada na Câmara Municipal nesta quinta-feira, 24. O evento, organizado pela Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), apresentou o programa “Palmas Capital da Capoeira” e quatro projetos estratégicos para impulsionar a prática na cidade.
Projetos para Fortalecer a Capoeira em Palmas
O secretário Eduardo de Azevedo destacou as iniciativas em busca de financiamento para garantir:
- Capoeira Itinerante: Mobilidade de grupos para eventos e intercâmbios culturais.
- Capoeira nos Espaços: Mapeamento e revitalização de áreas públicas para prática.
- Mestres da Ginga: Contratação de educadores sociais para difusão do conhecimento tradicional.
- Toque e Ginga: Aquisição de instrumentos e materiais essenciais para grupos locais.
“Este é um compromisso do prefeito Eduardo Siqueira Campos, capoeirista e defensor da cultura afro-brasileira, para que políticas públicas cheguem de forma efetiva a quem faz a capoeira pulsar em nossa cidade”, afirmou Azevedo.
Capoeira como Ferramenta de Transformação Social
O presidente da Federação de Capoeira do Tocantins (Fecatins), Mestre Índio, celebrou o avanço: “Palmas está se tornando referência, e esse movimento se expandirá para cidades como Barrolândia, Paraíso do Tocantins e Porto Nacional.”
Já a coparlamentar Thamires Lima, do Coletivo Somos, ressaltou o caráter inédito do encontro: “Pela primeira vez em 35 anos, a Câmara de Palmas acolhe uma audiência pública dedicada à capoeira. Transformaremos essas demandas em ações concretas.”
Impacto Social e Números da Capoeira em Palmas
A Seirdh identificou 27 grupos organizados, com estimativa de mais de 1.000 praticantes ativos, entre crianças, jovens e adultos. Considerando o alcance familiar, o impacto potencial chega a 4.320 pessoas beneficiadas por políticas públicas ligadas à capoeira.
“Estamos no Legislativo para criar leis que valorizem a capoeira, revertendo um histórico de marginalização”, destacou Mestre Cego, delegado da Associação Brasileira de Professores de Capoeira (ABPC) e defensor da inclusão da modalidade nas escolas.
Com projetos estruturados e apoio institucional, Palmas consolida seu papel como polo nacional da capoeira, integrando cultura, educação e desenvolvimento social.
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