Anvisa suspende venda de Creme Dental Colgate Total Clean Mint após relatos de reações adversas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão temporária de todos os lotes do Creme Dental Colgate Total Clean Mint, substituto da linha Total 12. A medida, publicada nesta quinta-feira (27/03/2025), visa proteger a saúde dos consumidores após notificações de sintomas similares a alergias.
Motivo da suspensão
A decisão, válida por 90 dias, é preventiva e ainda não inclui o recolhimento dos produtos. No entanto, a Anvisa orienta que o item seja retirado das prateleiras e não seja consumido até que novas análises comprovem sua segurança.
Entre as suspeitas está a presença de fluoreto de estanho (SnF2) na fórmula, que pode estar relacionada a reações como:
- Lesões bucais
- Dor e ardência
- Inflamação gengival
- Edema labial
“Os sintomas têm impactado a qualidade de vida dos consumidores, causando até dificuldades para se alimentar e custos médicos”, alerta a Anvisa.
Como identificar o produto suspenso
Consumidores devem verificar:
- Número do processo na Anvisa: 25351.159395/2024-82 (no cartucho)
- Presença de fluoreto estanoso (SnF2) na composição (na bisnaga)
Quem tiver reações adversas deve notificar a Anvisa pelos canais Limesurvey ou e-Notivisa.
Posicionamento da Colgate e do Procon-SP
A Colgate ainda não se pronunciou sobre o caso. Enquanto isso, o Procon-SP notificou a empresa para esclarecer:
- Como identificar os lotes suspensos
- Orientações aos consumidores
- Medidas adotadas pela marca
Especialistas explicam as reações
Segundo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), ingredientes como lauril sulfato de sódio e óleos flavorizantes podem causar sensibilidade em alguns usuários. O fluoreto de estanho, usado por sua ação antibacteriana, é seguro, mas a interrupção do uso é recomendada em caso de irritação.
“As reações geralmente cessam após a suspensão do produto”, explica o cirurgião-dentista Jaime Aparecido Cury (Unicamp).
A Anvisa reforça que a medida é precaução e que investigações estão em andamento. Enquanto isso, consumidores devem optar por alternativas seguras e acompanhar atualizações oficiais.
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